Este é o novo blog UERJ Ocupada, o blog que nasceu como o veículo oficial de comunicação da ocupação da reitoria da UERJ, em setembro de 2008, continuou como o principal meio de comunicação dos estudantes da nossa Universidade e que volta agora, em 2009, renovado para um ano de muita luta e, sobretudo, de ocupação do espaço da Universidade para a construção da UERJ que queremos.

Venha fazer parte deste movimento você também! Fique sabendo por aqui o que está acontecendo, se informe, mas sobretudo PARTICIPE, pois este blog é um espaço feito para ser ocupado pelos estudantes da UERJ.

Envie fotos, criticas, denuncias, sugestões, historias, artigos, desenhos, charges etc. para o e-mailocupacaouerj@gmail.com teremos prazer em publicar o que nos for enviado!

sábado, 4 de outubro de 2008

Mais sobre a luta na Uenf

Foram publicadas mais fotos do ato unificado Uerj-Uenf no blog da luta estudantil da Uenf:

http://www.acampamentouenf.blogspot.com/

As fotos retratam o que ocorreu em Campos enquanto nós, da Uerj, estávamos em ato na São Francisco Xavier, rua de nossa universidade. Lá, nossos irtmãos paravam a rodovia para publicizar pelas bandeiras que são nossas também: pela construção do bandejão, retirada dos processos contra os diretores do DCE Uerj e respeito ao orçamento das universidades estaduais.

Estaremos sempre juntos e a luta continua!

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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A luta cresce e a lista de apoios só aumenta!

Assim como nossa luta não terminou na desocupação, novas pessoas não param de aderir ao movimento, enviando declarações de apoio, ou mesmo ajudando no que podem. A lista de apoiadores está aqui ao lado. Todos os dias ela cresce. Se você conhece alguém que deseja fortalecer a luta em defesa dos direitos dos estudantes e da Uerj, peça para que envie um e-mail para ocupacaouerj@gmail.com com a declaração de solidariedade.

Essa luta é de todo o povo do Rio de Janeiro!

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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A luta está só começando...

A última Assembléia do movimento de ocupação acabou de acontecer. Os estudantes presentes avaliaram o movimento até agora e decidiram que a luta está só começando. Por isso, as comissões de trabalho criadas para sustentar a ocupação foram mantidas para operacionalizar o movimento daqui pra frente e a mobilização tende a aumentar ainda mais. Afinal, o que está no papel tem que se concretizar e ainda temos algumas conquistas para arracar do Governador.

Dentre as deliberações da assembléia, estão: a articulação de uma ação junto aos deputados estaduais para conseguir a verba dos bandejões da FEBF e FFP, pressão para que o Alexandre Cardoso (Secretário de Ciência e Tecnologia) cumpra sua promessa e garanta a verba dos ônibus inter-campi, aumento das mobilizações, atos de rua e formas criativas de protesto, entre outras. Além disso, foi decidido também o fortalecimento da Assembléia Comunitária e a convocação de uma próxima Assembléia Geral dos Estudantes para quinta-feira, dia 9, às 19h na Uerj Maracanã.

Em breve, será publicada uma carta aberta à comunidade, explicando as vitórias, os rumos do movimento, os objetivos futuros e a divulgação das atividades planejadas.

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Estudantes chegam a acordo e desocupam Reitoria.

Após 20 dias de ocupação da reitoria os estudantes da UERJ assinaram ontem o acordo para a desocupação. Os processos foram retirados e a reitoria se comprometeu com o ônibus inter-campi, melhoria das bibliotecas, utilização dos espaços físicos da universidade sem ônus (em muitos dos espaços era necessário pagar aluguel pela utilização), transporte para trabalho de campo, participação estudantil paritária em todas as comissões de trabalho (bandejão, reformas) e o estabelecimento de um canal permanente de negociação, entre outros pontos. O Movimento Estudantil da UERJ mostrou toda a sua força e continuará batalhando para garantir as conquistas e ampliá-las. A luta continua fora da reitoria!

A ocupação foi extremamente vitoriosa pois reacendeu o movimento da UERJ, que estava vazio e desacreditado. Os estudantes mobilizados forçaram a Reitoria, que até então se recusava a sequer receber alunos, a negociar e se comprometer publicamente com uma série de pautas. Até mesmo o governo estadual foi obrigado a receber os estudantes, estabelecendo uma negociação inédita até então entre o Secretário de Ciência e Tecnologia e as três entidades representativas (DCE, Asduerj e Sintuperj), em que o representante do governo se comprometeu com a articulação de uma emenda orçamentária para garantir o ônibus intercampi em 2009.

Os estudantes da UERJ a partir de agora são sujeitos de sua própria história, mostram que estão prontos para lutar pela universidade e pela garantia de seus direitos. A UERJ precisa de nós, e continuaremos a batalha pelas melhorias necessárias e por nossas pautas históricas como a garantia do repasse dos 6% da receita líquida estadual para as universidades estaduais. A Greve dos professores e servidores continua, e é dever do movimento estudantil fortalecer a mobilização. Façamos uma greve de ocupação da Universidade, ficar em casa parado não leva a nada!


Segue o termo de acordo:
(clique na imagem para ampliá-la)

De Uerj - Reitoria Ocupada

De Uerj - Reitoria Ocupada

De Uerj - Reitoria Ocupada

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Bandejão - Parte II

O vitorioso movimento estudantil da Uerj consolida uma luta histórica dos estudantes!

Depois de 13 dias de ocupação a Reitoria publicou no Diário Oficial a licitação para compra de equipamentos e mobiliario para o bandejão do campus maracanã.

Na ultima sexta - 26/09 - foi publicada a licitação para as obras estruturais do bandejão, processo que acontecerá no dia 27/10 às 10h no NUSEG.

Segue a nota publicada no DO:

48Ano XXXIV - No- 181 - Parte I
Rio de Janeiro, sexta-feira - 26 de setembro de 2008
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AVISO
CONCORRÊNCIA N° 03/2008
A UERJ torna público que fará realizar no dia 27/10/2008, às 10 horas,
na sala de reunião da licitação, sito a Rua São Francisco Xavier,
nº 524, sala 2.147 - 2° andar - NUSEG, a licitação em epígrafe para
obra para a implantação do restaurante universitário da UERJ com
fornecimento de equipamentos, no valor total estimado de R$
2.945.685,94. O edital e os demais elementos que o integram estarão
à disposição das empresas interessadas no endereço acima, de 2ª a
6ª feira, das 10 às 17 horas mediante a apresentação de uma resma
de papel A4 para permuta e um CD para gravação das planilhas.
Id: 666177. A faturar por empenho



Esta foi uma conquista da luta dos estudantes, que conseguiram a liberação da verba no ano passado e pressionaram com a ocupação para que a reitoria agisse com rapidez no processo, pois o dinheiro voltaria ao Estado se não fosse usado até o fim do ano, como já ocorreu anteriormente.


É uma vitória que mostra que só a luta é capaz de transformar a Uerj, que só a mobilização vai garantir a sobrevivência e as melhorias de que a nossa Universidade tanto precisa!

Há mais conquistas para alcaçar e garantir. Vamos juntos, mobilizados, até a vitória!

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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A Uerj Vive. Viva a Ocupação!

Texto do estudante André Coelho, da Faculdade de Comunicação Social da Uerj, em apoio à Ocupação da Reitoria da Uerj.:




A UERJ vive. Viva a ocupação!

A UERJ passa por um momento histórico: no último dia 10 de setembro mais de 500 estudantes decidiram em assembléia ocupar a reitoria para cobrar da administração da universidade uma postura de defesa dos direitos da comunidade acadêmica. A ocupação persiste, os estudantes continuam a sua luta, sempre abertos à negociação. Independente do desfecho desta história, uma vitória este movimento já conquistou: a UERJ está viva politicamente.

Depois de muito tempo parada, a Universidade volta a olhar para si mesma, divergências aparecem, máscaras caem, o debate político está em toda parte, justamente como uma universidade pública da grandeza da UERJ deve ser. Chega de opiniões genéricas, posturas esquivas, todos em cima do muro, é preciso tomar partido. Os estudantes mostram que são a principal força dentro de uma instituição de ensino; ninguém pode mais fingir que nada acontece, apesar de alguns ainda tentarem mostrar uma “ilha da fantasia” que não existe. A fantasia acabou e nada poderá ser feito por debaixo dos panos.

A ocupação conseguiu transformar a UERJ numa comunidade crítica, que se posiciona e discute a realidade. Este é o dever de uma instituição pública, principalmente da nossa, que agrega pessoas das mais diferentes realidades possíveis. O espaço da reitoria é hoje a casa dos estudantes, do debate político, da troca de experiência entre cidadãos conscientes de seu papel como agentes da transformação numa sociedade totalmente corrompida.

O auditório particular do reitor (mais luxuoso que qualquer outro da UERJ, diga-se de passagem) hoje é um espaço em que os estudantes podem ouvir e trocar informações com pessoas que lutam pelas mais diferentes causas. Lutadores que são vistos apenas sob a ótica do preconceito e da discriminação têm a oportunidade de falar o que pensam e expor seu trabalho, o que deveria ser prática cotidiana numa Universidade. Um exemplo é o MC Leonardo, criador da APAF, um movimento de funk que busca o retorno às raízes, construindo uma resistência à “putaria” escrachada que escutamos hoje em qualquer esquina e achamos natural.

O debate, seguido de um pequeno show do MC, foi extremamente produtivo embora tenha sido visto por muitos que lá não estavam como um desvio imperdoável do movimento, baderna, e afins. Criticar sem ter a menor idéia do que se trata é uma postura absurda dentro de uma universidade, atitude que não leva a nada senão ao isolamento e ao conflito. Infelizmente criou-se na UERJ o culto ao diploma, como se estivéssemos estudando em um curso técnico em que vamos apenas aprender como ser bons profissionais e reproduzir o que está aí. É nosso dever pensar, ouvir e construir alternativas.

A Universidade Pública deve ser um espaço de reflexão e formulação de políticas e ações de resistência, é nossa obrigação lutar pela transformação da realidade. Devemos exigir que a constituição estadual seja cumprida, que tenhamos autonomia financeira, assistência estudantil de qualidade, pela valorização do fator humano que foi colocado em segundo plano por sucessivos (des)governos estaduais. Educação pública não é despesa, mas um investimento para o enfrentamento do caos em que vivemos. Lutar pela educação pública, gratuita, de qualidade e democrática é lutar pelo bem de todos, é lutar pela cidadania, contra a barbárie.

Se hoje a Universidade transpira política, devemos isso aos estudantes que tomaram para si o papel de protagonistas neste movimento. Temos que lutar por nossos direitos, pela UERJ de qualidade, refletir sobre nós mesmos e sobre a sociedade para propor ações e mudanças. Todos concordam que a universidade está mal, que a sociedade está podre, a violência está por toda parte, mas quando chega a hora de lutar de fato, muitos correm para proteger seus cargos, salários, diplomas e favores. Já chega, é hora da UERJ se valorizar e mostrar que pode fazer a diferença.




André Coelho – Estudante da Faculdade de Comunicação Social da UERJ

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domingo, 28 de setembro de 2008

MOÇÃO DE REPÚDIO

Na qualidade de Diretor da Asduerj, fui informado domingo à noite (dia 21/09/08) pelos colegas da Asduerj, de que os alunos da UERJ, que ocupam a Reitoria de forma legítima, estavam passando por situação de perigo e estresse, em virtude do corte de luz à noite e pelo fato de os seguranças da UERJ não estarem autorizando a entrega de alimentos para os mesmos.

Percebendo a urgência, dirigi-me à UERJ e lá cheguei por volta das 17:40hs, sendo que as portas do prédio principal estavam fechadas e era proibido o acesso na UERJ de pessoas de fora.

Por ser professor de Direito e Procurador Federal a mais de15 (quinze) anos, desde o momento em que dirigi à UERJ, tinha a intuição de que eu somente conseguiria ingressar nas dependências da UERJ, caso eu exibisse a minha carteira funcional de Procurador Federal. E foi exatamente o que ocorreu ! Infelizmente, em nosso país para exercemos a nossa cidadania, o único remédio que temos, na maioria das vezes, é usar legitimamente da autoridade da qual somos investidos.

Com muita dificuldade, face à total escuridão que havia na reitoria, dirigi-me aos alunos, primeiro para expressar a minha solidariedade e para dizer o quanto eu me orgulho deles, depois, para manifestar a minha indignação com o tratamento que eles estavam recebendo: nem presos são tratamos dessa forma ! E disse a eles que as entidades da UERJ iriam reagir diante de uma atitudade cruel, atentatória dos direitos humanos !

No final, falei aos seguranças e ao seu chefe: "por que a luz está desligada ? Isso é um ato de covardia, cruel ! Nem presos são tratados assim ! Vocês podem ter certeza de que as entidades da UERJ irão reagir contra tal ato cruel e denunciaremos isso à imprensa! O Chefe da segurança me disse que houve um problema de luz e que não havia manutenção por conta da greve. Ninguém é bobo, e todos sabemos que é muito estranho, é muita coincidência o corte de luz num domingo...

Quero assim expressar o meu repúdio contra esse ato de corte de luz, que traduz assédio moral, e que pode causar graves sequelas psicológicas aos alunos. O que eu presenciei me deixou chocado e indignado. O meu sentimento era de estar num ambiente didatorial ! O que eu sentia na minha alma era de que o nosso país, lamentavelmente, está muito distante da efetivação da democracia !

Trata-se de uma grave violação dos direitos humanos. Sugiro que isso seja divulgado na imprensa, na comissão de direitos humanos da ALERJ, da OAB/RJ, do Congresso Nacional e divulgado entre todos os sites das universidades brasileiras.

Por fim, como educador, pai espiritual desse jovens, não posso deixar de imaginar a dor e a preocupação dos pais de todos esses bravos estudantes, com relação a sua integridade física e psicológica !



Cordialmente,
Prof. Rodrigo Lychowski
Diretor da Asduerj -biênio 2007/2009
Professor Assistente de Direito do Trabalho da UERJ

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