Este é o novo blog UERJ Ocupada, o blog que nasceu como o veículo oficial de comunicação da ocupação da reitoria da UERJ, em setembro de 2008, continuou como o principal meio de comunicação dos estudantes da nossa Universidade e que volta agora, em 2009, renovado para um ano de muita luta e, sobretudo, de ocupação do espaço da Universidade para a construção da UERJ que queremos.

Venha fazer parte deste movimento você também! Fique sabendo por aqui o que está acontecendo, se informe, mas sobretudo PARTICIPE, pois este blog é um espaço feito para ser ocupado pelos estudantes da UERJ.

Envie fotos, criticas, denuncias, sugestões, historias, artigos, desenhos, charges etc. para o e-mailocupacaouerj@gmail.com teremos prazer em publicar o que nos for enviado!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Reitoria tenta boicotar, novamente, o movimento estudantil

(Reitoria cara-de-pau)

De Uerj - Reitoria Ocupada

Ontem, dia 16, o Conselho de Centros Acadêmicos teve que ser realizado no hall do DCE. A Reitoria se negou a ceder auditório para a realização do fórum do movimento estudantil.

A postura é lamentável e demonstra o temor que a Reitoria tem diante dos estudantes. No entanto, mesmo diante disso, os estudantes presentes se reuniram em pleno hall do primeiro andar, o chamado hall do DCE. O medo do Reitor se materializou novamente, quando chegaram cerca de 5 seguranças na reunião, que acompanharam a cerca de 10 metros toda a discussão estudantil. Além desses, outros seguranças ficaram posicionados nas rampas e escadas de acesso ao primeiro andar, além de haver três seguranças nos acessos ao corredor da Reitoria.

Como disse um aluno durante a reunião dos Centros Acadêmicos, "é a Ocupação gerando empregos. Que esse medo todo sirva, ao menos, para abrir mais concursos, porque, pelo menos de segurança, eles vão precisar de mais gente..." ;)

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Atos de terça e quinta-feira dão frutos - Audiência Pública marcada!!!

Na terça-feira, conforme havia sido publicado neste blog, o movimento da Uerj realizou ato na Assembléia Legislativa. Lá, representantes dos três segmentos apresentaram documento aos deputados, solicitando audiência pública da Comissão de Educação para tratar da crise vivida pela universidade.

De Uerj - Reitoria Ocupada

(fotos retiradas de http://www.sintuperj.org.br)
De Uerj - Reitoria Ocupada

Depois disso, assim que começou a sessão do dia, os uerjianos entraram nas galerias da Alerj e colocaram suas faixas de protesto. Alguns deputados fizeram declarações de apoio, disponibilizando seus mandatos para ajudar a superar a crise. Além dos apoios, o presidente da Comissão de Educação da Alerj, Comte Bittercourt, anunciou a Audiência Pública da comissão para tratar sobre a Uerj no dia 29 deste mês. A Audiência Pública é fruto da pressão direta das entidades, apesar do descaso da Reitoria, que não só não participou deste processo, como também tem atrapalhado as movimentações da comunidade sempre que pode.

De Uerj - Reitoria Ocupada

Já na quinta, no ato "Uerj em luto", a comunidade acadêmica denunciou a situação de descaso e agregou trabalhadores e estudantes em frente à entrada principal. Lá estiveram também os deputados estaduais Alessandro Molon e Marcelo Freixo, ambos da comissão de educação e da comissão de direitos humanos. Em contato com os deputados, as entidades conseguiram articular que a audiência pública da comissão de educação aconteça na própria Uerj, para garantir que a imprensa e que o poder legislativo discutam a universidade inseridos na realidade concreta da Uerj.

Além disso, a Comissão de Direitos Humanos também vai acompanhar a situação da universidade em função dos últimos acontecimentos.

Avante!

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O REItor e o seu Reino

(o rei de paus)

De Uerj - Reitoria Ocupada

Em suas últimas declarações públicas, o Reitor Vieiralves declarou que "não chamará reunião dos Conselhos Superiores enquanto a greve durar". As reuniões dos Conselhos Superiores são fundamentais para discutir temas como o adiamento do vestibular, o corte orçamentário já anunciado para 2009 (recorde) e a criminalização dos estudantes que participaram da ocupação. Sabendo disso, o Reitor deu esta declaração.

O que Vieiralves esquece é que os Conselhos devem se reunir mensalmente, mas desde julho não há reuniões do Conselho Universitário. Nesta semana, a Asduerj conseguiu as assinaturas de 1/3 dos conselheiros, o que, segundo o Estatuto da universidade, é o suficiente para que o Reitor tenha que convocar reunião do Conselho em 7 dias. Os sete dias acabam na terça e, até agora, nada!

Fica claro, mais uma vez, que Vieiralves não sabe diferenciar Reitoria de Reino. Com essas declarações, não restam dúvidas de que não passa pelos planos da Reitoria tomar decisões em conjunto com instâncias que possuem a participação de quem não necessariamente fica bajulando-o.

Lamentável...

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Texto do blog Cotidiano Recordable sobre o Movimento de Ocupação dos estudantes da Uerj

Ventos da Uerj e as pupilas do senhor Reitor
(texto escrito pelo blogueiro Alex, do blog Cotidiano Recordable - http://cotidianorecordable.wordpress.com/ - onde nossas fotos de denúncia também foram divulgadas)

No último dia 31/09, após 20 dias de ocupação, os estudantes da Uerj assinaram um acordo com a reitoria da universidade para desocupação do campus. De um lado o DCE/UERJ e do outro a reitora em exercício Maria Cristina Paixão Maioli.

Após assinatura, segundo nota oficial dos estudantes “os processos foram retirados e a reitoria se comprometeu com o ônibus inter-campi, melhoria das bibliotecas, utilização dos espaços físicos da universidade sem ônus (em muitos dos espaços era necessário pagar aluguel pela utilização), transporte para trabalho de campo, participação estudantil paritária em todas as comissões de trabalho (bandejão, reformas) e o estabelecimento de um canal permanente de negociação, entre outros pontos”.

Treze dias depois da desocupação, qual a postura do reitor Ricardo Vieiralves após assinatura do acordo? Vieiralves apenas acusou. Segundo as declarações do reitor, publicadas no jornal O Dia, “os 20 dias em que os manifestantes acamparam na reitoria provocaram um prejuízo de R$ 50 mil”. Afirmou “que desapareceram laptops, computadores, fax e até pen-drive do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que fazia inspeção nas contas da universidade”.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) negou todas as acusações e “garante que antes da ocupação tudo foi inventariado na presença de um segurança”. Em outra nota, “a Associação dos Docentes (Asduerj) esclarece que a inspeção foi acompanhada por representantes dos professores e técnicos e não houve prejuízo”.

A desfaçatez de Ricardo Vieiralves e Maria Cristina Paixão Maioli são tamanhas que nem Júlio Dinis, o autor de ‘As pupilas do senhor Reitor’, conseguiria descrever. Recordemos que durante a ocupação os alunos fotografaram um fogão elétrico (no valor de R$ 2.900,00) na copa do reitor, bem como o banheiro (com secador de mãos automático) particular da vice-reitora Maria Cristina Paixão Maioli, além de outras dependências da reitoria, e as contrapoz com os espaços sucateados freqüentados pelos estudantes. Uma diferença indescritível. Quase cinismo.

Relembrei-me de Timothy Mulholland (ex-reitor da UnB) e Ulysses Fagundes Neto (ex-reitor da Unifesp), seus gastos exorbitantes, cartões coorporativos, desculpas esfarrapadas, ocupação de estudantes, mobilização da opinião pública e, conseqüente, a renúncia de ambos. Mas isto é outra história.

Uma outra atitude de Vieiralves, em retribuição a ocupação, foi o registro de ocorrência contra os estudantes na 18ª DP. Tenta criminalizá-los. Qual é a motivação de Vieiralves? Lançar, talvez, uma nuvem de fumaça na mídia, confundir os estudantes e professores, fazer com que a opinião pública se divida em relação a ocupação? O tempo nos dirá.

Ficam, no entanto, algumas perguntas para o senhor reitor. Como desmentir a nota da Asduerj, do dia 07/10, que comprova que os estudantes preservaram o patrimônio da universidade? Como negar o laudo das professoras Inalda Pimentel e Denise Brasil, da Diretoria da Asduerj, e do professor Pedro Senne, do Conselho de Representantes da entidade, e do assessor do reitor, professor João Eduardo, e membros do DCE? Como negar “o repasse à administração objetos de valor, entre eles, um celular ainda na caixa, quarenta reais em dinheiro, talões e cheques avulsos assinados – um deles no valor de R$ 4.350,00 –, cartões corporativos e pessoais, alguns acompanhados da senha”?

No entanto, o que mais me deixou intrigado na relação de bens que desapareceram está um “pen drive do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que fazia inspeção nas contas da universidade”.

Algo não cheira bem nesta história.

Em tempo: Lembre sempre, caro senhor, o ônus da prova é de quem acusa.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Nota da Asduerj de 07 de outubro - "ESTUDANTES PRESERVAM PATRIMÔNIO"

ESTUDANTES PRESERVAM PATRIMÔNIO
COMISSÃO DE VISTORIA NÃO ENCONTRA NENHUM DANO SIGNIFICATIVO A ESPAÇO OCUPADO

Na noite do dia 01 de outubro, logo após a saída dos alunos da reitoria, as professoras Inalda Pimentel e Denise Brasil, da Diretoria da Asduerj, e o professor Pedro Senne, do Conselho de Representantes da entidade, participaram, juntamente com representantes do Sintuperj e da administração central, de uma comissão de vistoria das salas que estiveram ocupadas. A comissão, coordenada pelo assessor do reitor, professor João Eduardo, contou ainda com a participação de membro da executiva do DCE.

Ao fim da visita, os docentes constataram que não havia sinais de depredação do espaço físico. A mobília quebrada consistia de duas cadeiras antigas e mal conservadas. Nenhum móvel novo adquirido após o incêndio foi danificado. Alguns vidros estavam pintados com tinta guache, material facilmente removível.

A administração central da universidade se opôs a que os alunos realizassem uma limpeza no ambiente antes de desocupá-lo, o que contribuiu para a relativa desordem verificada pela comissão, com móveis fora do lugar e duas portas danificadas. Porém, a constatação final foi de que nenhum dano considerável foi causado pela ocupação, o que se confirmou com a liberação do espaço para uso apenas 48 horas depois.

Após a visita da comissão, uma funcionária do Tribunal de Contas do Estado (TCE) acusou a ausência do seu “laptop”. O equipamento estaria numa sala da vice-reitoria, na qual funcionários do TCE realizavam uma auditoria. A impossibilidade da comprovação da existência no local de objetos não-patrimoniados já provocara, antes da desocupação, tensão entre as partes. A reitoria por vezes acusara de antemão danos a materiais que os estudantes sequer sabiam se estavam mesmo lá anteriormente. Os alunos, por sua parte, demonstraram estranheza na existência destas acusações, já que em tese a administração estava sem acesso ao local, ainda sem registro do que teria ou não ocorrido. Para resolver o impasse foi acordado entre as partes que qualquer dano eventualmente constatado no patrimônio inventariado seria objeto de investigação interna e, apuradas as responsabilidades, se fosse o caso, o DCE realizaria a reposição.

Dois dias antes da desocupação, fora repassado à administração objetos de valor, recolhidos e guardados pelos estudantes desde o início da ocupação. Entre eles, um celular ainda na caixa, quarenta reais em dinheiro, talões e cheques avulsos assinados – um deles no valor de R$ 4.350,00 –, cartões corporativos e pessoais, alguns acompanhados da senha. Após a conferência, a reitoria confirmou que tudo estava em ordem.

Parece-nos um contra-senso imaginar que os estudantes responsáveis por esta atitude possam promover, propositadamente, algum dano ao patrimônio da universidade ou furto.

ASDUERJ, 07/10/2008

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