ESTUDANTES PRESERVAM PATRIMÔNIO
COMISSÃO DE VISTORIA NÃO ENCONTRA NENHUM DANO SIGNIFICATIVO A ESPAÇO OCUPADO
Na noite do dia 01 de outubro, logo após a saída dos alunos da reitoria, as professoras Inalda Pimentel e Denise Brasil, da Diretoria da Asduerj, e o professor Pedro Senne, do Conselho de Representantes da entidade, participaram, juntamente com representantes do Sintuperj e da administração central, de uma comissão de vistoria das salas que estiveram ocupadas. A comissão, coordenada pelo assessor do reitor, professor João Eduardo, contou ainda com a participação de membro da executiva do DCE.
Ao fim da visita, os docentes constataram que não havia sinais de depredação do espaço físico. A mobília quebrada consistia de duas cadeiras antigas e mal conservadas. Nenhum móvel novo adquirido após o incêndio foi danificado. Alguns vidros estavam pintados com tinta guache, material facilmente removível.
A administração central da universidade se opôs a que os alunos realizassem uma limpeza no ambiente antes de desocupá-lo, o que contribuiu para a relativa desordem verificada pela comissão, com móveis fora do lugar e duas portas danificadas. Porém, a constatação final foi de que nenhum dano considerável foi causado pela ocupação, o que se confirmou com a liberação do espaço para uso apenas 48 horas depois.
Após a visita da comissão, uma funcionária do Tribunal de Contas do Estado (TCE) acusou a ausência do seu “laptop”. O equipamento estaria numa sala da vice-reitoria, na qual funcionários do TCE realizavam uma auditoria. A impossibilidade da comprovação da existência no local de objetos não-patrimoniados já provocara, antes da desocupação, tensão entre as partes. A reitoria por vezes acusara de antemão danos a materiais que os estudantes sequer sabiam se estavam mesmo lá anteriormente. Os alunos, por sua parte, demonstraram estranheza na existência destas acusações, já que em tese a administração estava sem acesso ao local, ainda sem registro do que teria ou não ocorrido. Para resolver o impasse foi acordado entre as partes que qualquer dano eventualmente constatado no patrimônio inventariado seria objeto de investigação interna e, apuradas as responsabilidades, se fosse o caso, o DCE realizaria a reposição.
Dois dias antes da desocupação, fora repassado à administração objetos de valor, recolhidos e guardados pelos estudantes desde o início da ocupação. Entre eles, um celular ainda na caixa, quarenta reais em dinheiro, talões e cheques avulsos assinados – um deles no valor de R$ 4.350,00 –, cartões corporativos e pessoais, alguns acompanhados da senha. Após a conferência, a reitoria confirmou que tudo estava em ordem.
Parece-nos um contra-senso imaginar que os estudantes responsáveis por esta atitude possam promover, propositadamente, algum dano ao patrimônio da universidade ou furto.
ASDUERJ, 07/10/2008
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