Este é o novo blog UERJ Ocupada, o blog que nasceu como o veículo oficial de comunicação da ocupação da reitoria da UERJ, em setembro de 2008, continuou como o principal meio de comunicação dos estudantes da nossa Universidade e que volta agora, em 2009, renovado para um ano de muita luta e, sobretudo, de ocupação do espaço da Universidade para a construção da UERJ que queremos.

Venha fazer parte deste movimento você também! Fique sabendo por aqui o que está acontecendo, se informe, mas sobretudo PARTICIPE, pois este blog é um espaço feito para ser ocupado pelos estudantes da UERJ.

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Texto do blog Cotidiano Recordable sobre o Movimento de Ocupação dos estudantes da Uerj

Ventos da Uerj e as pupilas do senhor Reitor
(texto escrito pelo blogueiro Alex, do blog Cotidiano Recordable - http://cotidianorecordable.wordpress.com/ - onde nossas fotos de denúncia também foram divulgadas)

No último dia 31/09, após 20 dias de ocupação, os estudantes da Uerj assinaram um acordo com a reitoria da universidade para desocupação do campus. De um lado o DCE/UERJ e do outro a reitora em exercício Maria Cristina Paixão Maioli.

Após assinatura, segundo nota oficial dos estudantes “os processos foram retirados e a reitoria se comprometeu com o ônibus inter-campi, melhoria das bibliotecas, utilização dos espaços físicos da universidade sem ônus (em muitos dos espaços era necessário pagar aluguel pela utilização), transporte para trabalho de campo, participação estudantil paritária em todas as comissões de trabalho (bandejão, reformas) e o estabelecimento de um canal permanente de negociação, entre outros pontos”.

Treze dias depois da desocupação, qual a postura do reitor Ricardo Vieiralves após assinatura do acordo? Vieiralves apenas acusou. Segundo as declarações do reitor, publicadas no jornal O Dia, “os 20 dias em que os manifestantes acamparam na reitoria provocaram um prejuízo de R$ 50 mil”. Afirmou “que desapareceram laptops, computadores, fax e até pen-drive do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que fazia inspeção nas contas da universidade”.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) negou todas as acusações e “garante que antes da ocupação tudo foi inventariado na presença de um segurança”. Em outra nota, “a Associação dos Docentes (Asduerj) esclarece que a inspeção foi acompanhada por representantes dos professores e técnicos e não houve prejuízo”.

A desfaçatez de Ricardo Vieiralves e Maria Cristina Paixão Maioli são tamanhas que nem Júlio Dinis, o autor de ‘As pupilas do senhor Reitor’, conseguiria descrever. Recordemos que durante a ocupação os alunos fotografaram um fogão elétrico (no valor de R$ 2.900,00) na copa do reitor, bem como o banheiro (com secador de mãos automático) particular da vice-reitora Maria Cristina Paixão Maioli, além de outras dependências da reitoria, e as contrapoz com os espaços sucateados freqüentados pelos estudantes. Uma diferença indescritível. Quase cinismo.

Relembrei-me de Timothy Mulholland (ex-reitor da UnB) e Ulysses Fagundes Neto (ex-reitor da Unifesp), seus gastos exorbitantes, cartões coorporativos, desculpas esfarrapadas, ocupação de estudantes, mobilização da opinião pública e, conseqüente, a renúncia de ambos. Mas isto é outra história.

Uma outra atitude de Vieiralves, em retribuição a ocupação, foi o registro de ocorrência contra os estudantes na 18ª DP. Tenta criminalizá-los. Qual é a motivação de Vieiralves? Lançar, talvez, uma nuvem de fumaça na mídia, confundir os estudantes e professores, fazer com que a opinião pública se divida em relação a ocupação? O tempo nos dirá.

Ficam, no entanto, algumas perguntas para o senhor reitor. Como desmentir a nota da Asduerj, do dia 07/10, que comprova que os estudantes preservaram o patrimônio da universidade? Como negar o laudo das professoras Inalda Pimentel e Denise Brasil, da Diretoria da Asduerj, e do professor Pedro Senne, do Conselho de Representantes da entidade, e do assessor do reitor, professor João Eduardo, e membros do DCE? Como negar “o repasse à administração objetos de valor, entre eles, um celular ainda na caixa, quarenta reais em dinheiro, talões e cheques avulsos assinados – um deles no valor de R$ 4.350,00 –, cartões corporativos e pessoais, alguns acompanhados da senha”?

No entanto, o que mais me deixou intrigado na relação de bens que desapareceram está um “pen drive do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que fazia inspeção nas contas da universidade”.

Algo não cheira bem nesta história.

Em tempo: Lembre sempre, caro senhor, o ônus da prova é de quem acusa.

2 comentários:

Luciane Barbosa disse...

Muito bom!!

A pupila do REItor está deslocada. Ou não? O pupilo do REItor (mota) precisa ser avisado que vamos comer o bolo dele. Recusamos pedaços. Esse bolo é nosso.

Saudações aos corajosos!

Unknown disse...

é isso aí!
não vamos brigar pelas migalhas e sim pelo bolo inteiro. mas, temos a gentileza de sempre repartir as coisas, como fizemos, agindo em grupo, durante toda a ocupação.
refletindo um pouco: o tribunal de contas faz uma auditoria por causa de supostas irregularidades nas contas da uerj e deixa o pen drive com todos os dados na própria uerj?!?!?!?
o contador deixa os dados da investigação na casa do acusado!!!
muito bom, quer mentir pelo menos menti direito Vieiralves!! essa cara de pau é a institucionalização da ignorância
não vamos cair nessa!!

 
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